Alunos falam sobre ouro na Olimpíada de Matemática

Assessoria de Comunicação/Seed

Dedicação, organização do tempo em casa para os estudos, perseverança e muito raciocínio lógico. Essas são algumas das características em comum encontradas em três estudantes paranaenses que ganharam medalha de ouro na 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), edição de 2014. A edição da Obmep 2015 ainda está em andamento e os vencedores serão anunciados até o fim do ano.

Thiago Alessi Reichert, de 16 anos, do Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra, de Nova Santa Rosa (Oeste); Ana Paula da Silva Nascimento, 15 anos, que estudou no Colégio Estadual Santo Agostinho, de Palotina (Oeste), e Sarah Danielle Baum de Witt, 14anos, do Colégio Estadual Leôncio Correia, de Curitiba, conquistaram ouro na última edição da olímpiada brasileira. Os três, juntos, já levaram para casa nove medalhas até agora, contando prata e bronze nos anos anteriores.

CONQUISTADOR DE MEDALHAS - Thiago Alessi Reichert está no 3º ano do ensino médio. A cada ano aumenta a coleção de medalhas da olímpiada de matemática na parede do quarto. Já são quatro. A primeira foi em 2010, prata, quando estava no 7ºano. em 2012 veio o primeiro ouro e no ano seguinte conquistou o bronze. Na edição de 2014 voltou a conquistar mais uma medalha de ouro. Thiago conta que atualmente a rotina de estudos é bastante ampla, pois se prepara para o vestibular e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Desde criança, Thiago gosta de matemática, de brincar com os números. Na escola recebeu o incentivo de professores e sempre que tinha alguma dúvida recebia ajuda e orientação. Para o estudante, os prêmios representam a recompensa pelos esforços nos estudos. “A conquista das medalhas me deu mais interesse em lutar por aquilo que almejo”, afirmou.

DESAFIOS COMO PASSATEMPO - Ana Paula da Silva Nascimento está no 1º ano do ensino médio em uma escola particular. Ganhou uma bolsa de 100% de gratuidade para os estudos graças ao histórico escolar e as medalhas na olímpiada de matemática, que conquistou quando estudava no Colégio Estadual Santo Agostinho, de Palotina.

Ana Paula ganhou a primeira medalha de ouro em 2012, no ano seguinte foi bronze, e em 2014, ouro novamente. Além das três medalhas, ganhou uma menção honrosa em 2011. A estudante sempre teve facilidade com números e questões de lógica. Em 2012, uma professora de matemática na escola estadual montou um grupo de estudos e incentivou os alunos para a Obmep.

“Quando vi que eram 19 milhões de alunos participando achei que tinha que ser muito crânio para passar, não imaginava que iria ganhar o ouro. Fiquei muito feliz”, disse a estudante. Ana Paula afirma que presta bastante atenção nas aulas, não conversa, e faz todos os exercícios em casa. Tem uma hora só para os estudos em casa.

“Eu gosto de estudar, não gosto de ver muito televisão. Prefiro ler, acrescenta muito mais para vida. Também amo resolver exercícios de matemática na internet, enfrentar desafios virou um hobby”, afirmou.

As viagens ao Rio de Janeiro para receber os dois ouros também foram um grande incentivo. “Depois das medalhas passei a acreditar mais em mim mesma, na minha capacidade. Se eu corro atrás eu vou conseguir. Mostrou que as coisas não caem do céu, você tem que se dedicar ter comprometimento e responsabilidade”, definiu.

RECOMPENSA AGORA - Sarah Danielle Baum de Witt, estudante do 8º do Colégio Estadual Leôncio Correia, em Curitiba, estuda matemática e física nas horas vagas, em casa, e incentiva os colegas a também participarem da Obmep. Sarah ganhou uma prata em 2013 e o ouro em 2014.

“Na verdade eu não gostava muito de matemática, mas como a prova da Obmep é mais raciocínio lógico acabei me dando bem e peguei gosto pela área. Foi a partir da prova que comecei a gostar mais de matemática”, contou. Sarah disse que os professores sempre a incentivam a estudar, mas foi um professor de história que deu mais força moral para a prova da olímpiada de matemática. “Ele é um exemplo de pessoa que se superou e sempre nos estimula a fazer coisas diferentes, além da escola”, afirmou.

Sarah viajou ao Rio de Janeiro, no dia 20 de julho, para receber a medalha de ouro. Foi a primeira vez que esteve na cidade. “É legal porque as pessoas falam que se você estudar vai ser recompensado quando for procurar emprego ou na hora do vestibular, mas com os estudos você já é recompensado agora. Isso é bem legal”, disse.

46 DE OURO - No ano passado, o Paraná conquistou 46 medalhas de ouro na Obmep, o melhor resultado da Região Sul do Brasil. Rio Grande do Sul teve 36 ouros e Santa Catarina, 22. Ao todo os estudantes do Paraná conquistaram 450 medalhas, sendo 106 de prata, 298 de bronze e 46 ouros, além de 3 mil menções honrosas.

A premiação sempre acontece no ano seguinte às conquistas. No último dia 20 de julho os estudantes que ganharam ouro foram até o Rio de Janeiro receber suas medalhas. A premiação foi realizada no Teatro Municipal e reuniu estudantes do Brasil inteiro.

Como parte da premiação os medalhistas conheceram o matemático brasileiro Artur Ávila, primeiro latino-americano a ganhar a Medalha Fields, prêmio considerado o Nobel para cientistas na área da matemática.

Um incentivo e tanto para os adolescentes continuarem se dedicando aos estudos. Thiago, Ana Paula e Sarah Danielle são unânimes em afirmar que vale a pena estudar para evoluir cada vez mais. Os três contam como mantém a rotina, o que os prêmios representam para eles e a importância da escola e dos professores na conquista que tiveram.


Esta notícia foi publicada em 05/08/15 no site www.educacao.pr.gov.br. Todas as informações são de responsabilidade do autor.

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